"Só há interesse público se houver diversidade de emissores de informação." Lalo Leal - TV Brasil

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Interesse Público & Conteúdo no interior III - Americana parte 1

O IP.Conteúdo apresenta uma série de matérias todas produzidas a partir de um smartphone, onde abordaremos como o interesse público é pautado no jornalismo do interior.
 
Hoje, uma entrevista com o chefe de reportagem do jornal "O Liberal", da cidade de Americana, João Turquiai. Que fala sobre o que é interesse público, comunicação como prestação de serviço e sua opinião sobre o jornalismo na TV atualmente.

 

ip.conteúdo| Interesse Público com você!

Conheça os integrantes desse grupo de estudantes do 8º semestre do curso de Jornalismo da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).

O QUE VOCÊ ACHA DA PROGRAMAÇÃO DA TV BRASILEIRA?

Foto: Ricardo Gonçalves

VOCÊ SABE O QUE É INTERESSE PÚBLICO?


José Arbex Jr no ip.contéudo

O ip.conteúdo entrevistou o jornalista e pesquisar da USP, José Arbex Jr.

"A sociedade alimenta um mito em relação à comunicação, que é como se comunicação fosse sinônimo de democracia" - José Arbex Jr.

O jornalista José Arbex Jr também está aqui no ip.conteúdo! Interesse público com você!


ip.conteúdo "Opinião": Daniele Ricci fala sobre televisão e programação que é exibida no Brasil

Fui questionada sobre o que acho da TV brasileira.
 
Me cansa essa gente que vive reclamando que tudo no Brasil é uma porcaria, incluindo as emissoras. Não tenho muito tempo de ver TV, mas quando vejo, gosto inclusive das propagandas.
 
Respondi que acho a programação de domingo muito fraca, muitos programas ruins de auditório. Mas não acho a TV brasileira ruim, no geral, há programas para pessoas de...
 
todas as idades e em horários bem variados. No humorismo, temos jovens fantasticamente criativos e inteligentes. E admiro a produção da rede Globo, tanto no Jornalismo como nas novelas, minisséries, seriados. Uma das melhores do mundo. Sobre os programas populares, acredito que se agradam, se há um público fiel e se há comentários que influenciam de alguma maneira, não vejo problemas.
 
Acho uma grande bobagem esses intelectualóides que criticam e acham que a solução é culturalizar a TV (e com qual das nossas culturas brasileiras isso deve ser feito?) A gente tende a gostar mais daquilo com o que se identifica, mesmo que seja Casos de Família.
 
Quem tem tempo nesse horário, acaba assistindo pela pluralidade de sentimentos que pode proporcionar: da diversão à revolta, seja verdadeiro ou teatral, é o que acontece na "vida real",por mais inacreditáveis que muitos temas possam parecer. Além do que, o controle está na mão de quem está à frente da TV.
 
Não gosta, mude. Pare de reclamar. Mas esta é a minha opinião

Ação ip.conteúdo na UNIMEP

A ação realizada no último mês pelo ip.conteúdo, também colocou a reportagem que aborda a inserção de um programa privado em uma emissora pública produzida pelos alunos da PUC-SP em um mural da FACOM-Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).

Matéria publicada no jornal "Contraponto":

Parceria privada gera discussões sobre o papel da TV Cultura por Beatriz Pagamisse, Camilla Dourado e Letícia Zivieri

Jornal Contraponto entregue durante ação do ip.conteúdo

#TrocaDeExperiências

TV, PÃO E CIRCO

TV, Pão e Circo é um produção dos alunos Ricardo Gonçalves, Suzana Storolli e Claudia Assencio. EM BREVE mais detalhes desta produção jornalística! por Ricardo Gonçalves.

O ip.conteúdo agradece ao cinegrafista Rober Caprecci pelos relevantes serviços prestados na realização deste trabalho

#bastidores

Jornalista Gabriel Priolli com os integrantes do ip.conteúdo Ricardo Gonçalves e Claudia Assencio

#bastidores

Interesse Público com você!

#bastidores

O ip.conteúdo agradece:

Aos professores Ana Maria Cordenonssi, Paulo Roberto Botão, Belarmino Cesar, Luiz Veloso, Wanderley Garcia, Ana Camilla Negri e Rose Bars que muito contribuíram para a realização deste trabalho de conclusão de curso dos alunos Ricardo Gonçalves, Claudia Assencio, Suzana Carrascosa Storolli, Carla Rossignolli, Arthur Belotto, Tony Corazza, Josiane Joveli e Jackson Rossi.

Lei que obriga TV a exibir conteúdo nacional estimula contratações

Por FELIPE MAIA
FELIPE GUTIERREZ

DE SÃO PAULO

A Lei da TV por Assinatura, que estabelece cotas de produção nacional nos canais, incluindo a obrigatoriedade de produção independente, movimenta o mercado de trabalho nas produtoras.
A nova legislação, que começou a valer em setembro, prevê que os canais de filmes, séries, animações e documentários exibam três horas e 30 minutos por semana, no horário nobre, de conteúdo audiovisual brasileiro.

Lucas Lima/Folhapress
Camila Ferreira, que estudava e trabalhava em Nova York, voltou ao Brasil para aproveitar oportunidades que surgiram após mudança na legislação
 
Camila Ferreira, que estudava e trabalhava em Nova York, voltou ao Brasil para aproveitar oportunidades que surgiram após mudança na legislação
 
A norma estabelece que essas cotas sejam aplicadas de forma gradual, atingindo o máximo no ano que vem, mas já faz com que o volume de trabalho e de vagas aumente. "O número de contratos fechados cresceu. Não são só conversas ou sondagens, de fato estamos fechando mais trabalhos do que nos anos anteriores", destaca Giuliano Cedroni, sócio da produtora Prodigo Films.

Camila Ferreira, 22, resolveu voltar ao Brasil há três meses, depois de quatro anos estudando e trabalhando com produção de programas de TV nos Estados Unidos, por causa da nova legislação. Ela considerou que teria mais oportunidades no mercado nacional do que nas produtoras americanas.

"Achei que era o momento certo para voltar e estou me dando melhor. Tenho mais oportunidades porque há muitos projetos que vão entrar em produção daqui para a frente", conta.
Há dois meses, Ferreira foi contratada como assistente de produção na BossaNovaFilms. "Meu trabalho é desde entrar em contato com a equipe, com o elenco, até montar a ordem do dia e ir para o set dar uma assistência geral."

OS MAIS PROCURADOS

Nesse primeiro momento, a principal procura é por pessoas que desenvolvam projetos de programas e os negociem com exibidores. De acordo com produtoras, a corrida é, principalmente, para encontrar e para formar bons roteiristas, que sejam capazes de atender a demanda.
"Roteirista é o que a gente precisa formar o mais rápido possível. Temos pouca tradição de ficção fora das TVs abertas, que ficam com os profissionais mais experientes. E você não desenvolve bons projetos se não tiver roteiristas qualificados", afirma Clélia Bessa, sócia da Raccord Produções e professora da PUC-Rio.

Luiz Noronha, produtor-executivo da Conspiração, diz que, em 2009, a equipe tinha só dois roteiristas. Hoje são 16 contratados e oito freelancers acionados para projetos especiais. "O cinema é a arte do diretor e a TV é a do roteirista e do produtor."
O problema é que, de acordo com os empresários, o país ainda forma poucas pessoas dessa área: a oferta de cursos especializados é pequena e leva tempo até que as produtoras possam treinar profissionais iniciantes.

"O trabalho de roteirista exige anos até que a pessoa fique afiada", opina Andrea Barata Ribeiro, sócia da O2.

Eduardo Knapp/Folhapress
Guto Figueiredo, formado em administração de empresas, atua como diretor-executivo da produtora Dogs Can Fly
 
Guto Figueiredo, formado em administração de empresas, atua como diretor-executivo da produtora Dogs Can Fly
 
Para os interessados em trabalhar na área, um dos caminhos é investir em cursos livres de pós-graduações, que tendem a ganhar importância.
"Até hoje a educação formal não era tão valorizada, mas, com a profissionalização e o crescimento do mercado, a tendência é que isso mude. Mas a indicação, a experiência e o voluntarismo ainda são importantes", afirma André Mermelstein, professor da pós-graduação em gestão de TV da FAAP.

EXIBIDOS

É aconselhável bater na porta das empresas e mostrar projetos, mesmo que em fase inicial, e também entrar em contato com profissionais que possam analisar o trabalho e fazer indicações.
"Tem que colar em pessoas que já atuam no mercado e mostrar ideias. Não consigo ver outra maneira", opina Edu Tibiriçá, gestor da BossaNovaFilms.

A internet e o barateamento de equipamentos como câmeras digitais facilitam o esforço de se exibir para o mercado. Ulisses Oliveira, 39, o "Molusco", trabalhava com publicidade quando foi descoberto, há um ano, por uma produtora por causa de um vídeo que postou no YouTube, em que conta histórias vestindo máscara mexicana.

"É uma banda de um homem só: faço o roteiro, filmo, atuo e edito", brinca. Ele foi contratado como roteirista e trabalha na criação de séries como "Morando Sozinho", exibida pelo Multishow.
"Meu chefe teve acesso aos vídeos e me chamou para conversar. Eu disse para ele: 'Eu sou publicitário, mas se você me enxerga como roteirista eu encaro''', conta.

Esse crescimento tende a fazer com que os profissionais da área audiovisual focados em outros segmentos -por exemplo publicidade e cinema- sejam atraídos para a televisão independente.
Alexandre Samori, 40, que trabalhava como assistente de câmera e há três anos começou a atuar como diretor de fotografia, está usando esse bom momento para ganhar experiência na função.

"O cinema é concorrido. Para ser diretor de fotografia de um filme, há um percurso a percorrer, então você vai cavando oportunidades e criando laços", diz Samori, que trabalhou em ao menos quatro atrações para a TV neste ano.

Ele atua como freelancer (autônomo), algo muito comum na área, sendo contratado para projetos específicos. "É um mercado bem seletivo, em que, em cada trabalho, você precisa garantir o próximo. As pessoas que não funcionam não vão para a frente", conta.

Cecilia Acioli/Folhapress
Ulisses Oliveira, o "Molusco", foi contratado depois que diretor viu vídeo no YouTube em que Oliveira atua usando máscara mexicana
 
Ulisses Oliveira, o "Molusco", foi contratado depois que diretor viu vídeo no YouTube em que Oliveira atua usando máscara mexicana
Samori destaca que a remuneração nesses trabalhos é 50% menor em relação ao cinema. "A oferta de trabalho aumentou, mas é difícil um bom cachê. Profissionais experientes não topariam fazer projetos que estou fazendo."

Cedroni, da Prodigo Films, afirma que as produtoras recebem "muito pouco" para produzir séries para a TV. "Um episódio de novela da Globo não sai por menos de R$ 250 mil e a tabela do mercado de séries é de R$ 150 mil por capítulo. Mas, agora, depois da lei, os valores começaram a melhorar."
Para Rodrigo Terra, sócio da produtora Sentimental eTal, os salários tendem a aumentar com a maior demanda pela produção de programas. "Nesse momento, o mercado está definindo quanto custam os programas, e os cachês vão acompanhar isso."

GESTOR SENSÍVEL
Além de profissionais que saibam trabalhar com a parte artística das produções, as produtoras vão precisar de pessoas com perfil executivo, que ajudem a fazer com que as produções deem lucro.
"São funções que vão além das atividades de produção: envolvem a preparação de planos de negócio, a negociação com os canais e também o licenciamento de produtos com a marca da atração", afirma Mauro Garcia, diretor-executivo da Abpitv (Associação Brasileira de Produtoras Independentes de TV).

Por isso, é possível trabalhar na área mesmo não sendo formado nas carreiras relacionadas à comunicação e ao setor de audiovisual.

Paulo Schmidt, sócio do Grupo INK, diz que esse tipo de profissional, geralmente, é alguém que tem formação em cursos como administração ou finanças e tem "sensibilidade artística".
Guto Figueiredo, 33, é formado em administração de empresas e atuou por seis anos em uma companhia de cartão de crédito, mas, depois de uma "crise existencial", foi trabalhar em uma produtora, como assistente. Passou por várias funções na área de produção e hoje é diretor-executivo da Dogs Can Fly.

"A produção é a base de tudo. Até para defender um cronograma, um orçamento e o que dá e o que não dá para fazer em um roteiro. Ter esse 'know-how' ajuda a atuar na parte comercial", diz.
Para os donos de produtoras, a tendência é que esse bom momento do mercado de trabalho no setor se mantenha a longo prazo. Os profissionais descartam que o crescimento seja uma bolha.

"O audiovisual cresce ano a ano: primeiro veio o cinema, depois os documentários e, agora, a TV, com essa lei. Já era uma área carente de profissionais. Acredito que esse crescimento seja duradouro", aposta Barata, da O2.

Link: http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/1179645-lei-que-obriga-tv-a-exibir-conteudo-nacional-estimula-contratacoes.shtml

As diferenças na cobertura da violência em SP e no RJ

Por Luis Nassif

Não importa a continuação das negaças; o governo de SP não resistiu à pressão das evidências noticiadas

Janio de Freitas

TÃO PRÓXIMAS e tão opostas. O Rio fazia o máximo de sensacionalismo, inclusive com falsificações, nos seus anos críticos de violência urbana. São Paulo procurou esconder e negou sua presença entre os Estados onde, nos últimos 30 anos, foi ou é mais virulenta a epidemia da criminalidade. O governo paulista persiste no erro, de consequências sempre graves.
É recente a abertura de espaço na imprensa rica de São Paulo para ocorrências criminais e problemas da segurança paulista e, mais ainda, paulistana.

No Rio, o sensacionalismo leviano, e muito infiltrado de objetivos políticos, atrapalhou os esforços intermitentes de ação governamental contra a disseminação da violência, e afundou a cidade e sua imagem em mitologias destrutivas.

Em São Paulo, a longa omissão jornalística, por mera vaidade provinciana, deixou sua contribuição para a insegurança continuada, ou mais do que isso.

A omissão jornalística dos assuntos de dimensão social resulta na omissão das pressões políticas e administrativas implícitas no jornalismo. Não por outro motivo foi sempre tão fácil para o poder político, décadas após décadas, preservar no Brasil as desigualdades sociais em todas as suas muitas formas, sem complacência nem sequer com as mais perversas.

Na atual onda paulista de homicídios, já em setembro o seu número na capital chegou a mais de 102%, ou 144 mortes, acima do havido em setembro do ano passado, com 71 mortes.
O governador Geraldo Alckmin e seu secretário de Segurança, Antonio Ferreira Pinto, negaram a onda, negaram conexão entre assassinatos, negaram motivação de algum bando.

O secretário chegou a estabelecer em apenas 40 os criminosos integrantes de organização.
Em outubro, na mesma cadência do aumento dos homicídios diários a repetidos picos, governador e secretário negaram-lhes maior anormalidade e algum problema na segurança governamental.

Daí, o governo paulista foi para a desculpa final, aquela a que só resta penetrar no ridículo: o aumento do índice de crimes deve-se à mobilidade das motos e à falta de combate ao crime, pelo governo federal, nas fronteiras. Mas antes da atual onda de homicídios as motos já eram como são, e a situação nas fronteiras já era o que é.

Já não importa a continuação das negaças. O governo não resistiu à pressão das evidências noticiadas.
Admita-o ou não, lançou-se em uma operação em áreas de favelas que desmente todas as suas recusas a ações conectadas na onda de homicídios e, portanto, intencionais por parte de um dos bandos (ou facções, ainda na velha maneira de não admitir que São Paulo tenha bandos).
Cada região assolada pela epidemia de criminalidade requer estratégias e táticas adequadas às condições locais.

O que tem alcançado êxitos no Rio não é, necessariamente, o procedimento a ser aplicado a problemas alheios. Mas um fator adotado no Rio é indispensável a todos: a recusa a subterfúgios, sempre interesseiros ou temerosos, e o reconhecimento franco da realidade. Até porque a população sabe o que a aflige e não cai nas tapeações de governantes.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Conexão com a vida



Por Fabiano Pereira, professor de mídias digitais da Faculdade de Comunicação da Unimep e jornalista da TV USP na unidade de Piracicaba

Semanas atrás, o Facebook, rede social considerada a mais popular da atualidade, alcançou a marca histórica de 01 bilhão de assinantes, ou seja, praticamente 1/7 da população mundial tomando parte nessa imensa “família digital”.

Dias depois, a Revista Época, em matéria de capa, falava do surgimento de clínicas e tratamentos especializados no tratamento de dependentes digitais, pessoas que se deixaram escravizar pela tecnologia e que hoje observam sua vida indo embora ao comprometer trabalho, lazer, saúde física e mental e relacionamentos “reais” pelo fato de não conseguirem mais viver sem estar 24h online. Se perdem o smatphone, surtam. Se a conexão da internet cai, entram em desespero.

Como dizia minha avó, “tudo que é em exagero faz mal, até amor”. Sábias palavras da velhinha.  A tecnologia, que veio para ajudar, automatizando processos e teoricamente deixando mais tempo livre para os prazeres da vida, para muitos se tornou o próprio prazer. Não conseguem mais imaginar a vida sem uma conexão banda larga, sem passar horas e horas a contemplar, e “curtir”, os posts dos outros.  E quando Mark Zuckerberg, criador do Facebook, fala que nós brasileiros “okutizamos” o Facebook, ainda se ofendem.

Um dos grandes desafios nos dias de hoje, frente a essa nova realidade de multiconexões, é conseguir conciliar a vida online com a offline – se é que ainda existem diferenças claras quanto a isso.

Se a proposta inicial era a de automatizar processos por meio da tecnologia, dando ao homem mais tempo para “viver a vida”, parece que algo saiu errado no meio do caminho. Não raras vezes, já tive a oportunidade de, no meio de uma viagem de férias com a família ou amigos, me pegar respondendo e-mails de meu trabalho via smartphone, ou até por meio de um notebook em um quarto de hotel. Normal? Não quando se está de férias do trabalho.

Mas vamos a situações mais corriqueiras: quantas vezes você se pegou produzindo conteúdo relativo à sua vida profissional fora de seu horário de trabalho, à noite, em feriados ou mesmo finais de semana, pelo simples fato de que o que precisava para tal estava ali, ao alcance de suas mãos: um computador ou smartphone, uma conexão de internet e um monte de arquivos de seus projetos profissionais “na nuvem, à disposição para serem acessados, e alterados, a qualquer hora. Comemorou quando conseguiu um novo emprego e lhe ofereceram, entre outras “vantagens”, um notebook e um maravilhoso smartphone ou tablet com conexão ilimitada? Parabéns, a partir daquele momento, você se tornou um escravo de seu trabalho e dos recursos tecnológicos que este lhe proporciona. Estará à disposição a qualquer dia, em qualquer lugar e qualquer hora, pronto para atender uma emergência, apagar um incêndio, fazendo com que a vida passe sem que você perceba que essas urgências tiraram lugar do que realmente é mais importante: sua saúde, física e emocional, seu bem estar, sua vida em família, seus amigos, e até mesmo sua produtividade. Sim, até mesmo isso, pois outro grande desafio dessa era dos superconectados é conciliar o fato de que permanecermos sendo exatamente iguais biologicamente falando: ainda tempo apenas um cérebro, dois olhos e dois ouvidos,  e assim por diante, mas ao nos expormos a uma quantidade tão grande de informação e nos sentirmos na obrigação de acompanhar tudo, o tempo todo, descobrimos que é humanamente impossível, perdemos tempo, qualidade e produtividade, e nos frustramos.

Não falo disso na terceira pessoa porque sou também eu um desses escravos das novas tecnologias. Escrevo para vocês aqui, deitado em minha cama, mais de meia-noite, enquanto tenho janelas abertas de meus perfis nas redes sociais e minha caixa de e-mail.

Para terminar, apenas uma constatação óbvia, mas nem sempre aplicada como convém: a arte de viver está em saber discernir entre o que é importante e o que é urgente, avaliar se a “urgência” realmente se justifica e aprender a deixá-la para depois sempre que possível, em detrimento daquilo que realmente interessa: a manutenção de uma vida de qualidade, em toda a amplitude que essa expressão possa ter. Pense nisso. E regule seu tempo online. Antes que a vida, por si só, resolva seu problema “desconectando-o” permanentemente. Boa noite e bom descanso.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

ip.conteúdo ao alcance das mãos!


ip.conteúdo ao alcance das novas tecnologias!

Agora para quem passa pelos corredores da Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba) já pode ver o ip.conteúdo nos murais. Fique a vontade para destacar uma tirinha e use também um leitor de QR Code e visite nossa página no facebook! ip.conteúdo | Interesse Público com você!

ip.conteúdo indica 2:

O Observatório da Imprensa de hoje conversa com Natalia Viana, da Agência Pública, que se define como uma "agência independente de jornalismo investigativo sem fins lucrativos e de livre reprodução de conteúdo". Assista pela webtv: http://bit.ly/Mx1Apm

Foto: TV Brasil/Divulgação


ip.conteúdo indica:

A EBC divulgou recentemente no facebook EBC na Rede o seguinte material:

Reportagem percorreu antigos centros de tortura, buscou antigos arquivos secretos e entrevistou vítimas do regime militar, historiadores e autoridades para mostrar os crimes da ditadura e o que o Brasil vem fazendo para tentar passar a limpo os crimes de Estado cometidos nos anos de chumbo.

O resultado disso, você assiste às 22h, na TV Brasil. Siga pela webtv: http://bit.ly/Mx1Apm

MPF recorre na Justiça contra retirada de índios de fazenda em MS

O MPF recorreu contra a decisão judicial que determinou a saída de 170 índios da etnia Guarani-Kaiowá de uma fazenda em Iguatemi (MS). O MPF diz que a Justiça Federal não levou em consideração a ocupação tradicional pelos indígenas da área em disputa - os índios ocupam apenas dois hectares dos 762 totais da propriedade.

 
O Ministério Público ainda diz que os índios estão sendo impedidos de reproduzir sua vida social, econômica e cultural por causa das péssimas condições em que vivem: http://bit.ly/R2J9FT Foto: Anne Vilela/Agência de Notícias Cavaleiro de Jorge

EBC vence em três categorias do Prêmio Vladimir Herzog:

O ip.conteúdo mostra conteúdo exibido na TV Brasil sobre a premiação da EBC. Evento, no qual, foram discutidos também os processos de produção de reportagem e os desafios do jornalismo investigativo.

 

Ministério das Comunicações ameaça tirar TV Cultura do ar como punição

da Folha de S.Paulo

A TV Cultura pode ser tirada do ar por até dois dias pelo Ministério das Comunicações.

A suspensão é uma punição pelo não cumprimento do credenciamento do quadro diretivo da Fundação Padre Anchieta, mantenedora do canal, junto ao órgão.

Pela lei de telecomunicações, o ministério tinha de ser comunicado oficialmente que João Sayad estava assumindo a presidência da fundação em 2010.

A punição já foi publicada no Diário Oficial, mas a TV Cultura encaminhará um recurso ao ministério.

A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Keila Jimenez e publicada na Folha desta quinta-feira (25).

 
E você? O que acha de tudo disso?

O ip.conteúdo quer saber:

 E você? O que odeia na TV?

Veja material publicado no site da Sonhar.tv e comente sobre sua opinião.

de Sonhar.tv (http://sonhar.tv/danilo-gentili-o-que-voce-odeia-na-tv/)


 
“Eu sou da Rede Globo, meu artista não fala lá e Silvio Santos não existe aqui.”
Danilo diz que odeia no ambiente da televisão brasileira uma mentalidade que ele caracteriza como provinciana, herdada do coronelismo, que torna a competição entre emissoras um empecilho à circulação de artistas e conteúdos, empobrecendo muito a programação.

“Interesse” ou “interesse do”: mais que uma questão de preposição

do Observatório da Imprensa

O jornalismo se estrutura como negócio e se legitima como serviço público. Esta frase, que sintetiza um pensamento de Francisco Karam e vem sendo trabalhada pelo autor em discussões acadêmicas, nos faz refletir que o exercício do jornalismo se manifesta, se materializa, por meio do jornal, uma instituição privada, mas não uma instituição cuja ordem do privado se dá do início ao fim do processo, dentro de uma visão puramente mercadológica. O compromisso com o público é explícito e renovado dia após dia, nas páginas dos jornais, nos portais de notícias, nos telejornais. E é aí que se inicia a complexidade do jornalismo.

Como ser uma instituição privada com compromisso com o público? Mais: como se dá esse comprometimento, como ele se legitima? Trazendo assuntos de interesse público ou os de interesse “do” público? Ou, quem sabe, ambos, pois assim o círculo mercadológico se fecha e, ao considerar o público como consumidor da mercadoria jornal, o jornalismo cumpre o papel de agradar aos diferentes perfis de consumidores.

Em tempos de “infotenimento”, neologismo que se compõe a partir da fusão dos termos informação e entretenimento, ser jornalista é quase sempre ser capaz de trazer o entretenimento como valor-notícia fundamental ao acontecimento. Exigência que deixa a linha limítrofe entre interesse público e interesse do público cada vez mais difusa.

A ética e mercado

Os óculos metaforizados por Bourdieu para classificar os valores-notícia precisam ganhar lentes cada vez mais coloridas a fim de chamar atenção do público. Leonel Azevedo de Aguiar diz que o sensacionalismo se transformou em uma estratégia eficiente de comunicação para fascinar e seduzir o público. O autor é partidário da utilização da informação jornalística a partir do viés das sensações e das experiências do leitor, como se essa premissa estivesse arraigada ao processo produtivo da notícia.

Outros autores, como Virginia Fonseca, preferem dizer que os critérios de noticiabilidade das novas organizações multimídia continuam passando pelo interesse público, porém com olhares muito mais voltados à prestação de serviços e ao entretenimento. O jornalismo de serviço, que Marques de Melo chama de utilitário, é, na verdade, a velha e tradicional proposta de auxiliar o cidadão com informações práticas do dia-a-dia – horários de cinema, funcionamento de serviços públicos, previsão do tempo. Assuntos que se configuram, sim, como de interesse público. O entretenimento, por outro lado, coloca o exercício do jornalismo em uma berlinda.

Luiz Beltrão diz que o objetivo do jornalismo não deve ser apenas dar o que o público quer ler, mas tudo aquilo que, a partir da análise dos acontecimentos, é importante que ele conheça. Aí é que entram os conflitos éticos do jornalismo com as proposições puramente mercadológicas. O que é importante que o cidadão leitor do jornal saiba é, de fato, o que ele quer ler? Não seria mais fácil – e talvez por isso seja mais frequentemente adotado por muitos veículos – seduzir o público leitor com informações atraentes, fáceis de vender? Uma terceira vertente seria unir o sedutor ao importante do ponto de vista político-social-econômico.

O jornalista e a empresa

Exemplos recentes de temas tratados na mídia nos dão munição para essa reflexão. A Xuxa contar, em entrevista ao programa de maior audiência da TV aberta, no domingo à noite, já ter sofrido abuso sexual quando criança, é ou não é assunto de interesse público? Que é de interesse do público, não resta dúvida, se considerarmos a apresentadora como um dos maiores ícones de diferentes gerações e, sobretudo, se levarmos em conta o quanto o assunto repercutiu, em diferentes mídias, ao longo da semana que sucedeu à entrevista. A vida privada de Xuxa não teria interesse público no sentido de ser acontecimento relevante para a vida dos cidadãos. Porém, justo por ser a Xuxa uma figura que exerce forte influência sobre muitos brasileiros, uma declaração como a de ter sido abusada sexualmente na infância pode servir de alerta a pais e cuidadores de crianças. Pode servir também de impulso para meninos e meninas vítimas de violência trocarem o silêncio pela denúncia. Ou seja, por meio de um assunto de interesse do público, chegamos a um tema de interesse público: a violência infantil.

Outro tema semelhante foi a publicação indevida de fotos da atriz Carolina Dieckmann na internet. O assunto seria absolutamente sem interesse público não fosse o fato de que a vulnerabilidade envolvendo o uso de tecnologias atinge, potencialmente, todos os cidadãos que fazem uso de computadores, celulares e outros recursos tecnológicos com acesso à internet. O que se viu, no entanto, em muitas publicações, foi o foco na singularidade do fato de que uma atriz fotografou a si mesma nua e as fotos foram usadas de forma indevida, caindo em domínio público. A entrevista que Carolina Dieckmann concedeu ao Jornal Nacional, da Rede Globo, por exemplo, foi focada no sensacional, no singular.

As nuanças não só da veiculação como também da forma de abordagem de assuntos envolvendo, sobretudo, celebridades, dizem muito do momento ético que vivemos na imprensa. O código de ética do jornalismo é próprio do jornalismo, não de outras profissões. E é também, em parte, diferente do código das pessoas comuns, como ressalta Bertrand Russell. Com isso, queremos dizer que o compromisso da ética jornalística é do jornalista e da empresa jornalística. O desconhecimento do público não justifica o descuido do profissional com essa que pode ser tomada como premissa básica do ato de informar.

Profissionais da educação discutem conteúdos exibidos pela TV

Na volta às aulas a televisão também volta a competir com os deveres de casa. O Ver TV desta semana debate o papel da televisão na escola. O seu uso pedagógico pelos professores...
em sala de aula e a discussão na escola sobre os conteúdos exibidos pela TV.

Participam especialistas em educação pela TV, responsáveis pela TV Escola do MEC e pesquisadores dos programas internacionais de alfabetização para a mídia.
  

 

Mídia e educação na era da convergência

Por Dione Moura e Alzimar Ramalho em 12/06/2012 na edição 698

Mídia e educação são indissociáveis, por mais que a mídia comercial, estandardizada, queira desvinculá-las. Ou seja, por mais que a mídia comercial – leia-se, programas de grande audiência e grande arrecadação publicitária – queira colocar-se apenas como entretenimento e, assim, abrir mão do impacto educativo de seus conteúdos.

Contudo, felizmente, sempre houve o espaço da educação popular, da mídia comunitária, dos projetos de mobilização social. E, no Brasil, os estudos críticos latino-americanos, vide Paulo Freire e outros relevantes pesquisadores, muito contribuíram para o acúmulo de experiências e mesmo a criação de uma escola crítica na condução de projetos de mídia e educação, embora terem sido tolhidos durante o regime militar.

Instaurado o processo de redemocratização, em fins da década de 80 do século 20, deparamos com um país que tinha perdido muito de sua experiência com educação popular. A percepção deste cenário serviu de estímulo para retomada de diversas iniciativas e surgimento de novas, nas quais a aliança mídia-educação tem sido uma constante. E o quadro da cultura de convergência (JENKIS, 2008) traz novos desafios para a compreensão e atuação neste cenário, quando se deseja trabalhar com mídia e educação.

Programas seriados

Na obra Comunicação e Cidadania: conceitos e processos (MOURA et alli, 2011), resgatam-se algumas experiências relevantes que devem ser consideradas neste âmbito, as quais apontam sinais de transformações do público, no comportamento do cidadão, na utilização de dispositivos móveis ou na apropriação da rádio comunitária por movimentos civis. Contudo, há um grande campo a ser mapeado no que diz respeito às transformações em curso em um cenário multimidiático, especialmente quanto às gerações que nasceram sob o signo da convergência (BRASIL, 2007; UNESCO, 2008; TORRES MORALES, 2008; JACKS, 2010).

A pesquisa aplicada no estágio de pós-doutoramento de Alzimar Ramalho, supervisionada por Dione Moura, possibilitou-nos avizinhar novos fatores que devam ser considerados ao momento que pensamos o fenômeno mídia e educação em um contexto de convergência, das quais podemos elencar a postura de protagonismo dos jovens em desvendar os artefatos tecnológicos, especialmente os de produção audiovisual e condensar tais produções com as possibilidades das mídias digitais interativas. Condensar, inclusive, inserindo-os em processos vinculados à interface mídia/educação e cidadania, a exemplo do programa DiscurSOS da Mídia, veiculado pelo laboratório de webtv UnBClick e desenvolvido pelo projeto de extensão SOS Imprensa, da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, que em 2011 completou 15 anos de ininterruptas atividades de leitura crítica da mídia.

Essa experiência, desenvolvida ao longo de 2011, resultou ainda em outros três programas seriados (Webjornal da UnBClick e Cedoc FAC) além da produção de vídeos experimentais de formato unitário (Webdocumentários de 6 minutos e vídeos teórico-conceituais com duração de 1 a 3 minutos), todos disponíveis em www.youtube.com/unbclick. Sob orientação das docentes anteriormente citadas, 80 acadêmicos dos cursos de Jornalismo, Publicidade, Audiovisual, Comunicação organizacional e Letras exercitaram o protagonismo que ancora os pressupostos teóricos da mídia/educação; e os resultados demonstram que produção midiática oferece todas as condições para a intersecção do tripé ensino-pesquisa-extensão no ensino superior.

ip.conteúdo na web!

Conheça parte do nosso trabalho em http://t.co/sB4nod2u e http://t.co/JDLNeWhk

Atenção, jornalistas:

da http://sjpmg.web683.uni5.net/

6º Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público

Até 20 de novembro, os jornalistas interessados em participar da sexta edição do Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público podem inscrever suas reportagens de TV, rádio, fotografia, jornal e revistas. Estudantes de jornalismo podem concorrer na categoria Reportagem Impressa. O concurso, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, vai distribuir R$ 35.000,00 para os três primeiros colocados de cada categoria de reportagens.

O concurso tem patrocínio da Vale e Petrobras e apoio da Fiemg, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Governo de Minas e Unimed. As inscrições são feitas exclusivamente pela internet por meio do hot site Prêmio Délio Rocha (www.jornalistasdeminas.org.br). O participante pode inscrever até três trabalhos em formatos JPG ou PDF, de extensão até 10 MB (fotografia); DVD ou arquivo WMV até 50 MB ((televisão); MP3 até 20 MB (rádio) e PDF até 10 MB(jornal e revista).

O regulamento do 6º Prêmio tem nova exigência para as inscrições das categorias de rádio e TV: não serão aceitos programas, documentários, séries ou entrevistas. Esta mudança foi adotada pela Comissão Organizadora, atendendo sugestão de comissões julgadoras das edições anteriores, que argumentaram não ser justo, por exemplo, estabelecer comparação entre uma reportagem e uma série de reportagens.

Para concorrer ao Prêmio, o profissional deve ser associado em dia com o SJPMG e sua reportagem deve ter sido veiculada de 16 de outubro/2011 a 2 de outubro/ 2012 em meios de comunicação comercial e institucional O estudante matriculado no curso de jornalismo pode inscrever apenas matérias publicadas
em jornais laboratórios e/ou veículos impressos conveniados com as escolas.

Homenagem
O Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público tem por objetivo estimular, divulgar e prestigiar as reportagens sobre eventos que contribuam para conscientizar a comunidade sobre o exercício da cidadania plena. A premiação homenageia o jornalista mineiro Délio Rocha , falecido em 2008. Além de brilhante profissional, que atuou em diversos órgãos da imprensa nacional, a trajetória de Délio Rocha deve ser lembrada por sua atuação como sindicalista. Ele dedicou boa parte de sua vida ao SJPMG e à Fenaj, onde se destacou como dirigente combativo e atento à defesa da profissão.

Desde seu lançamento até hoje, o Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público recebeu inscrições de 450 trabalhos, todos eles comprometidos em trazer para a sociedade propostas e debates sobre temas que são de interesse da comunidade.

Crítica: Poucos dados marcam cobertura de atirador de SP na TV

da Folha de S. Paulo

KEILA JIMENEZ
COLUNISTA DA FOLHA

O filme parecia repetido. Logo de manhã, as piadas do Louro José e os famosos das poltronas de Fátima Bernardes perderam espaço para imagens da Aclimação, onde Fernando de Gouveia, 33, se mantinha trancado na casa de uma psicóloga, armado.

Polícia apreende arsenal em casa de atirador que feriu três em SP Homem não saía de casa e dizia ter chips em seu corpo Com tratamento, esquizofrenia é controlável Homem que atirou em três se rende após quase 9 horas de negociação Mãe pediu interdição de atirador devido à esquizofrenia Sem imagens internas, os canais se concentravam em closes no portão de ferro cercado por policiais, costurada por uma narrativa extensa em cima de poucas informações.

O plantão na porta da casa, com dados desencontrados e apresentadores inflamados, lembrava o caso Eloá (2008), jovem mantida refém por horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves e morta durante a invasão da polícia. "Só Deus para encerrar essa operação em paz", gritava Geraldo Luís na Record, a emissora que dedicou praticamente toda a sua programação à cobertura do caso.

Das poucas informações que chegavam, uma era repetida como mantra na TV: Fernando sofre de esquizofrenia. E dá-lhe "psiquiatras" de plantão explicando a doença. "Esquizofrênico é o cara que fica ouvindo vozinha na cabeça, como se fosse outra pessoa", explicou Marcelo Rezende, na Record. Com a mesma audiência de sempre, a TV deu uma trégua à tarde. Só a Record seguiu, até Britto Jr. interromper para mostrar uma entrevista exclusiva: "Luciele Camargo conta como engravidou do ex-jogador Denilson".

Globo News e Band News trocaram a Aclimação pelo Mensalão. Com o fim da operação, Datena, na Band, saiu em defesa da polícia, elogiando a operação. Já Marcelo Rezende não poupou o tenente envolvido no caso.

"Ele está falando bobagem. O rapaz não é criminoso, é inimputável." Sônia Abrão, que em 2008 causou polêmica ao entrevistar Lindemberg Alves enquanto ele mantinha a ex-namorada refém, passou longe da confusão.

Preferiu falar de outra encrenca que mobiliza audiência: o fim da vilã Carminha, de "Avenida Brasil" (Globo). Bem mais seguro.

domingo, 21 de outubro de 2012

Interesse público & Conteúdo no interior - Piracicaba


O IP.Conteúdo apresenta uma série de matérias todas produzidas a partir de um smartphone, na qual abordaremos como o interesse público é pautado no jornalismo do interior.

Nesta primeira matéria, repercutimos uma reportagem publicada no Jornal de Piracicaba, que apontou que mais da metade dos PSFs da cidade estavam sem médicos. Conversamos com a editora responsável pelo jornal sobre a matéria e depois ouvimos o outro lado, uma assessora de imprensa da Prefeitura faz uma avaliação da cobertura da imprensa.

Reportagem citada no vídeo: http://www.jornaldepiracicaba.com.br/capa/default.asp?p=viewnot&cat=viewnot&idnot=207553

 

Giuliana Vallone do Grupo Folha fala ao ip.conteúdo!

"Sempre que você está levando informação para as pessoas,
você está prestando um serviço público.
Quanto mais as pessoas têm informação na vida delas,
elas podem tomar melhores decisões e viver de forma mais clara." - Giuliana Vallone - TV Folha


 

Interesse Público ou Interesse do Público?


O RJTV exibiu uma matéria que mostrava animais sendo agredidos em um pet shop no Rio, denunciando o estabelecimento com imagens cedidas por telespectadores (câmera escondida) e ainda mostra...
ndo as imagens para os donos dos animais.
A matéria certamente serve para denunciar e evitar uma atrocidade, alertando os telespectadores a abrirem os olhos a onde levam seus animais.

Mas um fato isolado como esse pode ser caracterizado como interesse público?

http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/10/imagens-mostram-animais-sendo-agredidos-em-pet-shop-no-rio.html

Como o jornalista Carlos Chaparro explica o interesse público está frequentemente simbolizado em determinados interesses particulares. "O protesto de uma pessoa portadora de deficiência física, diante da impossibilidade de acesso ao transporte público ou à casa de espetáculos, ou à escola, é a manifestação de um interesse particular frustrado. Mas constitui, também, a denúncia do desrespeito a um valor-norma estabelecido pela sociedade, o de que, sendo todos os cidadãos iguais, inclusive no direito à liberdade de ir e vir, constitui injustiça intolerável a exclusão provocada pela deficiência física." exemplifica o jornalista.

"O interesse público não está no fato isolado. Mas o fato isolado pode simbolizar o interesse público, porque manifesta a agressão a um valor (ou princípio) estabelecido como bom pela sociedade. " explica Chaparro

Lewandowski x Barbosa

No último domingo, dia 14 de outubro, o jornal Folha de S. Paulo publicou na página do Facebook do jornalístico "TV Folha" a seguinte imagem: No mesmo conteúdo publicado no site do programa na web os colunistas da Folha, Marcelo Coelho e Mô...
nica Bergamo, analisam se a quase unanimidade dos votos no Supremo que condenaram os membros da cúpula do PT persistirá em novos julgamentos de crimes similares, como o mensalão do PSDB. E VOCÊ, TEM ACOMPANHADO OS JULGAMENTOS DO MENSALÃO? O QUE ACHA DE TUDO ISSO? O IP.CONTEÚDO QUER SABER...
 
 

O ip.conteúdo quer saber:

O que você quer ver na TV? Participe no www.facebook.com/ipconteudo

Douglas Lambert do Grupo Folha fala ao ip.conteúdo

"Audiência não é igual dinheiro. Audiência é igual a pessoas assistindo.
Você tem que buscar uma forma de que o público assista,
tem que pensar no interesse público” Douglas Lambert - TV Folha
 


ip.conteúdo | INTERESSE PÚBLICO COM VOCÊ!


"O que falta na TV?"

Em entrevista concedida ao Projeto Sonhar TV, Arlindo Machado afirma que a TV "tem muita inteligência e produção de alta qualidade", apesar de não se ter muita informação sobre essas experiências. Confira a entrevista:

Executivos de mídia debatem desafios para o futuro do jornalismo


“O jornalismo que faz a diferença é o que revela os fatos, não o que se limita aos gostos dos leitores (...). Um disco voador na Praça da Sé interessa a todo mundo. Querer entrar na cabeça do leitor pra dar só o que ele quer é uma prerrogat...
iva que a tecnologia permite e a ética proíbe”, disse o editor da “Veja” Eurípedes Alcântara, durante a 68ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa - Reportagem de Darlan Alvarenga e Amauri Arraes, do G1.
 
 

Lalo Leal fala ao ip.conteúdo

“O interesse desse público disperso só será contemplado se houver um número tão grande de emissores capazes de atendê-los nas suas mais diferentes expectativas materiais, simbólicas, econômicas e culturais.” Lalo Leal

Interesse público ou interesse do público?

Interesse público ou interesse do público - Esta edição do Programa “O Público na TV”, exibida em março de 2012 e produzido pela Ouvidoria da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), recebeu a jornalista Thais de Mendonça Jorge, professora de t...
écnicas jornalísticas na Faculdade de Comunicação da UnB. A entrevista aborda pelo aspecto técnico, os desafios, alternativas e polêmicas a respeito de coberturas de assuntos de grande repercussão na mídia, como foi o despejo das famílias de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP,) e do julgamento de Lindemberg Fernandes Alves, condenado a quase cem anos de prisão por 11 diferentes crimes e pelo assassinato da ex-namorada Eloá Pimentel, em Santo André, na Grande São Paulo. Confira:





Jornalista Lalo Leal concede entrevista ao ip.conteúdo

"Só há interesse público se houver diversidade de emissores de informação." Lalo Leal - TV Brasil


ip.conteúdo | Interesse público com você!

“No Brasil, é um eufemismo afirmar que o espaço público está se dissolvendo, o melhor seria dizer que ele nunca existiu. Há uma grande parcela da população que não parece relevante, cujas demandas não parecem significativas para a nação. Nossa mídia não se posiciona como um espaço de debate, mas exclui perspectivas e ações do cenário, em muitos casos limita-se a reproduzir a visão governamental do mundo” (CORTES, 2002, p. 28)


sábado, 20 de outubro de 2012

Este é um espaço de interesse público. O ip.conteúdo foi criado para discutir o papel do jornalismo enquanto prestação de serviço à sociedade. É parte do projeto experimental para a conclusão do curso de jornalismo de estudantes da Unimep.